top of page

Celebrando o Carnaval 2021 de casa: prevenções, tradições e novos hábitos

  • Foto do escritor: Orlando Menezes
    Orlando Menezes
  • 18 de fev. de 2021
  • 14 min de leitura

Atualizado: 12 de abr. de 2021

No post de hoje, relembramos a necessidade de comemorar o carnaval em casa por conta da pandemia. Além disso, também falamos um pouco mais sobre essa comemoração.


Foto: Governo do Estado de Pernambuco


O Brasil se destaca internacionalmente como um país multicultural e rico em tradições. Também é um país marcado por desastres naturais como: enchentes, secas, tempestades tropicais, quedas de barreiras e acidentes com barragens.


Apesar dos acidentes naturais e outros traumas psicossociais, resultantes da influência humana, somos um povo forte, alegre, amigo e esperançoso por dias melhores. Temos um rico calendário cultural, onde se destacam as festas juninas e o carnaval.


Em 2020 nossas tradições e nossos sentimentos foram abalados por um problema de saúde pública muito sério: a Covid-19. A pandemia viral atingiu proporções nunca vistas no mundo, desafiando a inteligência e a evolução humanas.


O evento catastrófico, que abalou a saúde humana no mundo inteiro, se arrastou por todo o ano, comprometendo o calendário sócio-cultural globalmente, algo que interferiu, inclusive, nos eventos internacionais. Pior do que isso, deixou um saldo negativo irreparável: as perdas de vidas humanas.


O novo coronavírus, mais do que qualquer outro agente patogênico conhecido, mudou as nossas vidas e nossas relações humanas. A doença ceifou muitas vidas e afastou familiares e amigos, deixando saudade e tristeza, onde passou e ainda passa.


Hoje, no segundo mês de 2021, a doença continua em alta. O número de pessoas infectadas no mundo, pela Covid-19, passa de 106 milhões. Dessas, mais de 2.3 milhões perderam a vida. No Brasil, são mais de 9.5 milhões de casos e mais de 230 mil mortes.


Sabemos que um surto, uma epidemia ou uma pandemia não avisam quando irão se iniciar, nem quando acabarão. A Ciência, no entanto, nos mostra que a sua duração depende da patogenicidade do agente infectante, das condições ambientais e da imunidade humana. Por outro lado, sabemos também que a consciência comportamental dos seres humanos, em relação à doença, é fundamental para a prevenção.


A pandemia já está atuando no mundo há um ano praticamente. Entrou numa 2º fase de infecção, introduzindo na população novas variantes virais. Desde dezembro de 2020, o nível de infecção continua no mesmo patamar alto até hoje.


A situação atual no Brasil e no mundo exige cautela por parte de todos os seres humanos. Devemos nos manter conscientes em relação às regras e atitudes comportamentais. Não podemos perder de vista os cuidados no distanciamento, isolamento e de higiene.


A atual crise na saúde no Brasil, coincide agora com uma das comemorações mais queridas do Brasil, o nosso carnaval. Ele é um evento histórico-artístico-cultural de grande relevância socioeconômica.


Em relação ao carnaval e a Covid-19, é coerente e importante pensar o seguinte: se por um lado temos no carnaval um evento de alegria e de grande harmonia popular, por outro, estamos diante de uma doença altamente infectante e mortal. O momento nos sugere coerência, pois nossa saúde e nossa vida estão em jogo, assim como as de nossos entes queridos.


A análise inteligente e científica do quadro da Covid-19 no Brasil e no mundo já foi suficiente para que os gestores de saúde dos estados se antecipassem e acenassem para a retirada do feriado do carnaval do calendário de 2021. A partir daí, a maior festa popular do Brasil foi suspensa ou realizada, de forma pontual, com caráter virtual-doméstico.


Na verdade, precisamos vivenciar o carnaval de uma das seguintes formas: entender que ele acontece todos os anos e não festejá-lo este ano. De outro modo, pudemos usar a tecnologia e a criatividade, formar o bloquinho da família e brincar de forma restrita e em casa.


Festa cultural virtual já não é novidade no Brasil. Desde março de 2020 já fazemos isso, pois o arraial do São João foi em casa. Agora é a vez do carnaval.


É compreensível que, tradicionalmente, os setores econômico e turístico estivessem em alta na época do carnaval. As atividades relacionadas a produção de roupas e de alimentos estariam aquecidas, assim como o turismo. Por outro lado, o impedimento da realização de grandes eventos, destinados à comemoração popular mudou toda a história. A pandemia mudou tudo.


Os governos estaduais e municipais em todo o Brasil tomaram medidas importantes contra o avanço da Covid-19. Vamos lembrar algumas:


  • Suspensão do caráter de ponto facultativo nas repartições públicas no período do carnaval.

  • Proibição de abertura de bares e restaurantes em pontos importantes e tradicionais da folia como Sítio Histórico de Olinda e Bairro do Recife. Decisão válida de 20 hs do dia 12\02 até 6hs do dia 15\02.

  • Proibição de circulação de vendedores ambulantes no fim de semana do carnaval ( 12 a 15 de fevereiro).

  • O efetivo policial será aumentado para coibir as tentativas de burlar as regras contra as aglomerações carnavalescas.


Devemos ser conscientes de que as restrições nas comemorações carnavalescas e as regras de atitudes individuais são fundamentais na prevenção contra o coronavírus e suas mutações. Além disso, não podemos perder de vista as regras de higiene e de distanciamento individual.


Como pernambucano, sou fã do frevo e continuarei sendo, mesmo sem o carnaval oficial deste ano. A festa pode ser improvisada e curtida de acordo com os costumes e diversidades culturais que os Estados do Brasil possuem. Assim, o Rio de Janeiro e São Paulo aproveitam o samba, a Bahia curte o axé e assim por diante. O importante é vivenciar as nossas tradições culturais de forma segura.


Quem quis brincar o carnaval em casa pôde utilizar a internet e a TV aberta e curtindo com a família muitas atrações artísticas. Entre outras, foram disponibilizadas as as lives da TV Jornal, do Galo da Madrugada, que ainda podem ser acessadas respectivamente aqui e aqui. A Rede Globo também reprisou grandes desfiles de escola de samba do passado nas noites do feriado de carnaval.


Também pudemos lançar mão da criatividade brasileira e organizar uma festinha familiar ao som da rica coletânea de músicas, nos vestiremos com fantasias do outro carnaval para completar a folia. Certamente foi possível passar o ciclo carnavalesco em casa, longe das aglomerações, como orienta os órgãos de saúde pública e curtindo nossa cultura nacional.


Certamente, foi possível curtir o ciclo carnavalesco em casa, longe das aglomerações, como orientam os órgãos de saúde pública, assistindo e interagindo com as apresentações artísticas que merecemos. A seguir, a programação de artistas nacionais exibidas pela internet nesse carnaval (algumas lives ainda podem ser assistidas):



Os impedimentos da realização de eventos públicos são fundamentais na prevenção de contágio do coronavírus e suas variantes. Essa necessidade inibe a grandiosidade que é a festa da alegria, o carnaval; mas por outro lado, não neutraliza a inteligência e a criatividade do brasileiro.


A não realização dos grandes eventos artísticos, em virtude das regras de segurança em saúde, revelou uma questão social importante. A medida compromete a sobrevivência de milhares de pessoas em todas as cidades do Brasil.


A festa virtual busca atender também a solidariedade financeira e social com as pessoas prejudicadas pelos efeitos da pandemia, através da arrecadação de doações durante a transmissão das lives.


A solidariedade do brasileiro mais uma vez entra em cena. Já vem acontecendo desde o início da pandemia. Com certeza durante o período de carnaval a solidariedade se manterá em alta. Seja através das lives ou por simples mobilização popular.


Os governos estaduais e municipais no Brasil estabeleceram um auxílio emergencial de carnaval, a ser pago a artistas e agremiações carnavalescas vinculadas oficialmente ao carnaval. A medida se repetiu durante os festejos juninos no nordeste, e procura amenizar os prejuízos financeiros decorrentes da impossibilidade de trabalhos dos profissionais em atividades culturais do período .


No caso do Recife, cerca de 160 agremiações, 900 atrações artísticas que se apresentaram em 2020 serão beneficiadas. O auxilio municipal emergencial-AME, será de forma justa, rateado entre os artistas que valorizam a cultura e o carnaval de Pernambuco.


Há também mais uma alternativa interessante para aproveitar os dias de folia carnavalesca. Basta usar a internet para conhecer a bela história da origem do carnaval, dos carnavalescos inesquecíveis e também das agremiações históricas. Esse post pode levar você a fazer essa viagem cultural ao carnaval no Brasil.


Carnaval no Rio de Janeiro, início do século XX (Foto: Acervo FBN)


O carnaval, evento cultural mais popular no Brasil, não acontece apenas no Brasil. Também é festejado no Reino Unido, EUA, Canadá, México, Suíça, Itália e França. Porém, é em nosso país onde ele é comemorado com mais ênfase e alegria. A fama do carnaval no nosso país aumenta a cada ano e as comemorações nos quatro dias de folia tornaram-se também fontes de negócio de lucro. O carro-chefe do turismo do país.


Apesar de tão querido no Brasil, o carnaval não é invenção de brasileiros. As festividades chegaram ao país através do estado do Rio de Janeiro, no período colonial, com o nome de Entrudo. Quando o Rio de Janeiro era a capital, essa festa de rua feita por escravos, sofria discriminação. A celebração, caracterizada por brincadeiras e “mela-mela” e produção de bolas de sabão , era reprimida pela polícia local. Com o tempo, o carnaval se iniciou e passou a ser aceito socialmente, atraindo a participação das populações rurais.


As comemorações carnavalescas foram adaptadas de acordo com a história e cultura de cada país. Em geral, as pessoas se divertem, comem, bebem e participam dos bailes de máscaras e fantasias. Nas ruas, os blocos, escolas de samba e trios elétricos alegram os participantes e os observadores.


Nos clubes ou nas ruas, canta-se melodias de conteúdo tradicional, acompanhadas de músicas de ritmos característicos de cada região específica. Os foliões, pessoas que brincam o carnaval, criam fantasias, sejam elas improvisadas ou ricas e bem trabalhadas. Para aguentar os dias de folia, é preciso se preparar físico e psicologicamente.


O carnaval acontece sempre nos meses de fevereiro ou março, com início no sábado de uma semana e término na terça-feira da semana seguinte. A princípio, a festa tinha características pagãs, o que contrariava os preceitos propagados pelo catolicismo da Europa. A Quarta-feira de Cinzas, além do carnaval, ficou convencionada como início da quaresma, que é o período de 40 dias até a Sexta-feira Santa, dois dias antes da Páscoa.


Após a criação da quaresma pelo catolicismo, no século VIII, o carnaval teve sua posição no calendário modificada para antes da quaresma. Assim, perdeu seu status de festa pagã, deixando de coincidir com o evento religioso.


A Igreja Católica definiu a data da Páscoa, que é a da crucificação, morte e ressurreição de Jesus, no ano 325 d.C. Através do Concílio de Nicéia, a data da Páscoa ficou definida como o 1º domingo, após a 1 º lua cheia depois do equinócio de primavera/outono. A partir daí, conta-se sete domingos até o domingo de carnaval. Isso explica porque o carnaval não tem data fixa todos os anos.


O nome "carnaval” tem origem latina: carnis levale, que significa “retirar a carne”, ou deixar de se alimentar de carne. De acordo com o catolicismo, essa é a renúncia a um prazer mundano, que deve acontecer na quaresma.


A popularização do carnaval ganhou o mundo principalmente no período do Renascimento, quando a tradição se fez presente na Itália e na colonização das Américas pelos europeus.

Quando o Rio de Janeiro era a capital do Brasil o entrudo, festa de rua feita por escravos sofria discriminação e repressão policial. Isso porque os participantes brincavam de mele-mela e faziam bolas de sabão. Com o tempo o carnaval se organizou, passou a ser aceito socialmente, atraindo novos participantes como as populações rurais.

Ao longo do século XIX, o carnaval evoluiu musicalmente, animando as festividades. O samba surgiu na década de 1910, com a música “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro Almeida, conquistando os carnavalescos.


No nordeste, o carnaval também se popularizou, principalmente na Bahia como afoxé e em Pernambuco, com o frevo no Recife e o maracatu em Olinda. A evolução artística do carnaval continuou com “os corsos”, desfiles de foliões fantasiados em seus carros abertos.


A partir de 1960 o turismo carnavalesco e a diversidade cultural da festa passou a ter um curso. Em 1984, Oscar Niemeyer projetou e executou a Passarela do Samba (Sambódromo) no RJ, o que se repetiu nos outros estados.


Sambódromo durante o desfile das escolas de samba do RJ antes da pandemia (Foto: Flickr/Riotur)


As escolas de samba tomaram conta das ruas. A primeira, Deixa Falar, foi fundada em 1928, no Rio, e a segunda, Vai Como Pode, logo depois. As duas antecederam, respectivamente, as atuais agremiações Estácio de Sá e Portela.


A partir de 1930, o carnaval passou a ser reconhecido como a principal festa popular do Brasil. Os destaques eram os blocos carnavalescos presentes em todo o país e aos desfiles de escolas de samba, principalmente no Rio e em São Paulo.


Em 1950, na Bahia, um caminhão com música e alto-falante, fazia o povo na rua acompanhá-lo a dançar e cantar. Esses veículos, batizados de “trio elétricos”, dominaram o Brasil e foram atualizados com batuques de afoxés e a intervenção do grande artista Moraes Moreira.


No final do século XIX, apesar da repressão ao Entrudo das camadas mais populares da população, a festa carnavalesca começava a conquistar a burguesia da época. Os primeiros artistas carnavalescos despontavam no cenário como foi o caso de Chiquinha Gonzaga e sua clássica música “Ô Abre Alas”.


Na virada para o século XX, o carnaval evoluiu muito, associando a ele danças e ritmos novos. Passou a ser comemorado em todo o país, tanto nas ruas, através dos blocos carnavalescos, quanto nas escolas de samba. Os clubes fechados também se tornaram boas opções.


Ao longo de toda a história musical e carnavalesca do Brasil, muitos artistas se destacaram, e contribuíram para nossa riqueza cultural. Vamos relembrar? A seguir, trazemos uma galeria dos ilustres carnavalescos do Brasil:




Alceu Valença (1946; PE): Cantor e compositor eclético de talento surpreendente, influenciado por cantadores de viola.


  • Destaques musicais:

"Voltei recife"


"Bicho maluco beleza"








Foto: Raphael Mesquita/Divulgação


Capiba (1904-1997, PE): Lourenço da Fonseca Barbosa. Músico e compositor de destaque nacional. Com ênfase para o frevo. Teve destaques nacionais interpretados por nomes como Maria Bethania e Nelson Gonçalves. Compôs mais de 200 canções das quais mais de 100 foram frevos. Seus destaques musicais foram “Linda flor da madrugada”, “Manda embora essa tristeza” e “De chapéu de sol eu vou”.


José Menezes (1924-2013, PE): José Xavier de Menezes. Maestro, arranjador e compositor. Fundador da Academia Pernambucana de Música (1985). Seus maiores destaques musicais: “Freio a óleo”, “Boneca”, “Terceiro dia” e “Tá faltando alguém”. Junto com Capiba e Nelson Ferreira, está entre os compositores com maior número de frevos gravados.



Almir Rouche (1969; PE): O talento e a alegria desse intérprete bastante diverso conquistam os foliões.


  • Destaques musicais:

"Ilusão"


"Recifolia"


"Galo, eu te amo"







Foto: Almir Rouche/Divulgação



André Rio (1968; PE): Cantor e compositor consagrado em festivais pernambucanos. Evidenciou as características do frevo nos trios elétricos. Destaques:"O bicho vai pegar", "Sou teu amor"


Luiz Bandeira (1923-1998; PE): Músico, cantor e compositor pernambucano. Além de muitos frevos de sucesso como “É de fazer chorar”, “Voltei Recife” e “Que bonito é”. Também compôs para Luiz Gonzaga “Onde tu tá neném”. Depois de tantos anos dedicados à música carnavalesca, faleceu em um domingo de carnaval.



Chiquinha Gonzaga (1847-1935; RJ): Francisca Edwiges Neves Gonzaga. Pianista, compositora e maestrina. Foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Após ganhar um piano de presente, se divorciou para seguir seu sonho na música. Seu destaque musical nacional é “Ô Abre Alas”.





Gustavo Travassos: repertório diverso. Puxador oficial do Galo da Madrugada e diretor cultural. Cantor e compositor de frevo. Destaque para o CD “Canto Folião”.


Lula Queiroga (1960; PE): Cantor, compositor, cineasta, escritor, Luiz de França Guilherme de Queiroga Filho, o Lula Queiroga, gravou frevos que se tornaram bastante notótios, como “Êxtase” e “Essa energia''.


Antonio Carlos Nóbrega (1952; PE): Dedicado a divulgação da cultura pernambucana. Considera o Frevo uma Instituição Cultural. Como artísta cênico, músico e cantor, destacou-se no frevo, MPB e samba. Todo ano comanda as festividades comemorativas do dia do frevo em Pernambuco.



Lenine (1959; PE): Osvaldo Lenine Macedo Pimentel é um grande amante do carnaval pernambucano, que possui grande ecleticidade musical. Suas músicas, como "Paciência" e "O silêncio das estrelas" são muito conhecidas nacionalmente.















Foto: Roberto Valverde/Divulgação


J. Michiles (1943; PE): Compositor de destaque em Pernambuco, José Michiles da Silva gravou mais de 50 sucessos, o que lhe rendeu a homenagem em 2017 pelo Galo da Madrugada. Os intérpretes principais de suas canções são Alceu Valença e Claudionor Germano. Foi responsável pela composição de frevos históricos como: “Diabo Louro”, “Me segura se não em caio” e “Bom demais”.


Dorival Caymmi (1914-2008; BA): Em suas canções, o músico, intérprete e compositor cantou costumes e tradições baianas. Durval Henrique Caymmi teve com seus maiores destaques musicais: “Samba da minha terra”, “Marina” e “Saudade Itapuã”.


Maestro Duda (1935 ; PE): José Ursulino da Silva. Músico, maestro e compositor de destaque. Montou muitas orquestras de destaque no Estado. Foi homenageado no carnaval de2011. Compôs choros, frevos e sambas, gravados por grandes cantores nacionais.


Maestro Forró (1994; PE): Francisco Amâncio da Silva, o Maestro Forró, criou a Escola Comunitária de Música e a orquestra popular da Bomba do Hemetério. É um músico muito íntimo dos ritmos pernambucanos.





Foto: Larissa Lins/DP/DA Press



Silvério Pessoa (1962; PE). Um sincretista musical e artista contemporâneo, cujo trabalho artístico envolve rock, pop, punk e música eletrônica. Curte forró, baião, maracatu e frevo.


Maestro Spok (1970; PE): Inaldo de Albuquerque, o Maestro Spok Músico e compositor de frevo. Tem como principal objetivo divulgar o frevo no Brasil e no mundo, com sua banda Spok Frevo Orquestra.


Noel Rosa (1910-1937; RJ): Músico e compositor de destaque nacional. Em apenas 27 anos de vida compôs mais de 300 composições. Popularizou o samba no Brasil. Alguns de seus sucessos musicais foram “Conversa de botequim”, “Feitiço da vila” e “Fita amarela”



Nena Queiroga (1967; RJ): Marias Consuelo G., de Queiroga. Trocou a carreira pedagógica pela de cantora. De família de músicos ligados ao carnaval. Encantada com a diversidade cultural de PE, destacou-se na MPB e se tornou Rainha do Carnaval de PE.




Foto: Reprodução


Ary Barroso (1903-1964; MG): João Evangelista Barroso. Pianista e compositor de destaque na sua época. Ressaltava a importância da pluralidade no Brasil. Um dos compositores preferidos de Carmem Miranda. Seu destaque nacional mais famoso foi “Aquarela do Brasil”.


Nelson Ferreira (1902-1976; PE): Nelson Herculano Alves Ferreira. Músico e compositor em vários estilos e ritmos, principalmente o frevo. Criou sua própria orquestra para divulgar sua arte. Foi destaque nacional nos carnavais com a música “Borboleta não é ave”. Seu principal intérprete nos carnavais foi Claudionor Germano. Sucessos: Evocações, dobradiças e arlequim.


Vinícius de Moraes (1913-1980; RJ): Poeta, jornalista e dramaturgo. Nelson Herculano Alves Ferreira. Sua parceria com músicos e poetas ilustres, como Toquinho, João Gilberto e Chico Buarque, lhe renderam grandes obras musicais como “Garota de Ipanema” e “Eu sei que vou te amar”.




Claudionor Germano (1932; PE): Claudionor Germano da Hora. Cantor de maior destaque das composições de Capiba e Nelson Ferreira,. Patrimônio vivo do carnaval pernambucano. 70 anos de alegria e frevo.



Foto: Jan Ribeiro/Secult PE - Fundarpe


Nonô Germano (1970; PE): Amante do frevo de balada. Deseja dá nova roupagem ao frevo tradicional, dando uma sonoridade mais moderna e linguagem mais jovem,. Briga para tornar o frevo tocável o ano inteiro.


Alcymar Monteiro (1953; CE): Antônio Alcymar Monteiro dos Santos. Cantor e compositor de destaque no frevo e forró. É considerado o rei do forró


Expedito Baracho (1935-2017; PE): Músico, seresteiro e compositor de muitos frevos. no início da carreira, em 1949, integrou a Jazz Band acadêmica de Capiba. Destaques: “Modelos de verão”, “À procura de alguém” e “Trombone de prata”.



Edgar Moraes (1904-1974; PE): Edgar Ramos de Moraes. Compôs cerca de 350 composições. Foi o mais destacado compositor de frevos de bloco. Fundou muitos deles. No passado, Pirilampos de Tejipió é o mais recente. Bloco da Saudade. Em 1962, compôs uma homenagem aos 24 blocos carnavalescos do passado do Recife, através do frevo “Valores do Passado”.









Valores do Passado (Edgar Moraes, Frevo de Bloco)


Bloco das Flores, Andaluzas, Cartomantes

Camponeses, Após Fum e o Bloco Um Dia Só.


Os Corações Futuristas, Bobos em Folia

Pirilampos de Tejipió

A Flor da Magnólia

Lira do Charmion, Sem Rival

Jacarandá, a Madeira da Fé

Crisântemos, Se Tem Bote e Um Dia de Carnaval.



Pavão Dourado, Camelo de Ouro e Bebé.

Os Queridos Batutas da Boa Vista

e os Turunas de São José.

Príncipe dos Príncipes brilhou.

Lira da Noite também vibrou.

E o Bloco da Saudade, assim recorda tudo que passou.



Homem da Meia-Noite sozinho nas ruas vazias de Olinda. Situação triste, mas necessária para o fim da pandemia (Foto: NETV2/Globo)


Em reflexão, precisamos entender que a segurança e saúde de cada um de nós é mais importante do que qualquer festa. Mesmo que o Carnaval seja a Festa mais popular do Brasil. Tem gente que diz: "o brasileiro não vive sem carnaval". Esse ano, teve que aprender a viver sem ele, respeitando a nós mesmos e aos outros, mas dele, não vai esquecer, com certeza.


Através desse post, expresso os sentimentos aos familiares e parentes das pessoas que faleceram em decorrência dos sintomas da Covid-19, nos quais me incluo, pois perdi um irmão.


A título de comparação estatísticas das perdas humanas na atual pandemia, é importante relembrar alguns dados. Na época do São João (junho de 2020), outra Festa Cultural tradicional do Brasil, sofríamos com a morte de 4.425 pessoas em Pernambuco e 53.830 no Brasil. Hoje, em pleno ciclo carnavalesco (fevereiro de 2021), nos deparamos com a triste marca de 10.677 mortes em Pernambuco e 239.773 no Brasil.


Sabemos que é impossível esquecer as consequências da pandemia, das famílias desfalcadas de pai, mãe, filhos e avós. Não esqueceremos daqueles com quem compartilhamos carinho e amor.



Se nos vacinarmos e agirmos com prudência em relação à Covid-19, considerando as regras de prevenção, com certeza teremos um ano de 2021 bem melhor que 2020. Com certeza, com a graça de Deus, a crença na ciência e nossos cuidados pessoais, a pandemia vai chegar ao fim e nossa vida voltará ao normal.


Toda tempestade deixa seus rastros. Toda pandemia deixa sequelas. Também aprendemos com elas. Nossa aprendizagem, inteligência e fé em Deus unirá todos nós. Cuidaremos de nossas sequelas corporais, psicológicas e sociais. Teremos então um ano de 2021 tranquilo e promissor.


O futuro é incerto, mas com certeza estaremos mais experientes e fortalecidos, e o enfrentaremos com sucesso. Paz e bem a todos.


Fontes:



Comments


Inscreva-se para receber todas as novidades do blog!

Obrigado pela inscrição!

© 2023 by Train of Thoughts. Proudly created with Wix.com

bottom of page