Relembrando a História Econômica do Brasil: do Século XV ao XX
- Orlando Menezes
- 15 de set. de 2020
- 11 min de leitura
Nesse post, relembramos um pouco os ciclos econômicos do Brasil, falando também sobre a atual agroeconomia do país

Foto: Pexels
No início da colonização do Brasil, o comércio acontecia através de troca de mercadorias (escambo), sendo a moeda, dessa forma, o alimento. Assumiram a função assumiram essa função o açúcar, o chá e outros produtos, que eram trocados entre si, ou entregues como pagamento de serviços ou tarefas.
É sabido que o interesse de Portugal pelas navegações marítimas no século XV tinha como objetivo principal, a sua expansão comercial. Os portugueses buscavam, através desse projeto, produtos para comercializar na Europa.
Sabemos que, historicamente o Brasil não foi descoberto pelos portugueses. Isso porque ao chegarem a “Terra Brasileira ou Novo Mundo”, já encontraram os indígenas, que já viviam aqui, há muito tempo. Nesse caso, o Brasil foi conquistado pelos portugueses.
O indígena, primeiro habitante do Brasil, vivia basicamente da caça e da pesca, como todos sabemos. Também praticavam uma agricultura rudimentar itinerante, baseada principalmente no plantio do milho e da mandioca. Os indígenas desconheciam qualquer outra forma de subsistência e não praticavam comércio.
Portugal, país mercantilista na época, tornou-se uma nação expansionista. Ocupou facilmente o território brasileiro, já que o mesmo era mal estruturado social e hierarquicamente.
Sob o domínio português entre os séculos XV e XVIII, a acumulação primitiva de capital destacou-se no processo de colonização do Brasil. Assim, o Brasil enquanto colônia de Portugal na época, foi simplesmente um fornecedor de riquezas naturais para o mundo. Entre elas, o pau-brasil, a cana de açúcar e as riquezas minerais.
Século XV: o pau-brasil

Imagem da árvore Pau-Brasil
A História mostra que os portugueses ao conquistarem o Brasil (1500), foram atraídos por um produto brasileiro de grande valor para as ambições mercantilistas de Portugal. A árvore chamada pau-brasil, conhecida cientificamente por Paubrasilia Echinata e chamada pelos índios como ibirapitanga.
O interesse dos portugueses pela exploração deve-se ao aproveitamento da madeira do pau-brasil. Na época da chegada dos portugueses os índios já utilizavam o produto como tintura ou na construção de objetos.
O pau-brasil se tornou então o primeiro produto explorado e exportado durante o período pré-colonial. Aí teve início o ciclo econômico do pau-brasil. A exploração do produto teve início em 1501, na Ilha de São João, atual Fernando de Noronha. O trabalho de exploração era feito pelos índios, que eram pagos através de escambo.
A partir de 1511 foi iniciado o processo de exportação do pau-brasil, Isso chamou a atenção e o interesse comercial dos franceses, que se tornaram grandes concorrentes pela comercialização do produto e sua exportação para a Europa.
O monopólio exclusivo de Portugal pela comercialização do pau-brasil aconteceu até 1513, quando a sua exploração passou a ser livre. Em troca, a coroa portuguesa receberia 20% da comercialização do produto.
As feitorias e fortificações e a facilidade de utilização de mão de obra barata (os índios) contribuíram para a quase extinção da espécie nativa da Mata Atlântica Brasileira. A exploração aconteceu até meados do século XIX. O solo tornou-se exaurido pela falta de conhecimento dos brasileiros e empobreceu.
O produto não se fixou como item de exportação brasileira, pois não houve na época um planejamento para seu replantio e com isso a floresta foi dizimada.
Séculos XVI a XVII: O ciclo da cana-de-açúcar

Plantação de cana-de-açúcar (Foto: @joaolimafotografias/Pixabay)
A História Econômica do Brasil Colonial segue com outro período de grande importância para a economia brasileira e de Portugal, que durou do século XVI ao XVIII e teve grande importância histórica: o ciclo econômico da cana-de-açúcar.
O novo ciclo econômico contribuiu para o desenvolvimento das cidades e estruturação do comércio no nordeste brasileiro, principalmente em Pernambuco. A cultura do açúcar estimulou portanto, a ocupação do litoral da mais recente colônia portuguesa.
Por volta de 1540 o açúcar do Brasil valia 18,3 gramas de ouro. Na época, o Brasil destacou-se internacionalmente na produção do açúcar. Isso porque o solo de massapê e o clima, propiciavam uma boa produção do vegetal; conhecido cientificamente como Saccharum officinarum.
O açúcar, recém trazido da ilha da madeira, em Portugal, teve imediatamente o apoio de Portugal. Esse país ampliou seu comércio, investindo na importação de negros africanos e na utilização de mão de obra indígena e apoio financeiro da Holanda.
Em 1614, o açúcar passou a ter valor de moeda. Dessa forma, 15 Kg do produto valiam 1000 réis, moeda praticada em Portugal e na Espanha na época. O sucesso comercial do açúcar brasileiro, porém, não duraria muito.
A falta de infraestrutura comercial e a invasão holandesa levou ao declínio a agricultura açucareira. Enquanto isso, no Caribe, o mesmo açúcar passou a ser comercializado. Isso gerou uma concorrência comercial e prejudicial ao Brasil e à Portugal.
Por outro lado, no Brasil, o uso indiscriminado do solo no cultivo da cana acelerou seu empobrecimento. Em consequência, a produção do açúcar estagnou, comprometendo a economia dos povoados e vilas.
A Economia açucareira no seu auge, estimulou o crescimento de outras atividades econômicas como a pecuária. Isso aconteceu no final do século XVII, enquanto a oferta do açúcar nas Antilhas aumentava e a expansão da criação de gado no Brasil acontecia.
Para tentar compensar a perda econômica causada pela queda na produção do açúcar no Brasil, os portugueses estabeleceram grandes criações de gado. Esses investimentos foram feitos com bois, cavalos, ovelhas e cabras.
Séculos XVII - XVIII: A extração do ouro

Exemplo de mina de ouro
Com o declínio do açúcar, havia necessidade comercial urgente de encontrar outra forma de equilibrar a economia do Brasil e de Portugal. A saída parecia ser o extrativismo mineral. Essa atividade de mineração teve seu início ainda no século XVII, através das incursões exploratórias no interior do país.
As entradas, governamentais e as bandeiras, civis, assim chamadas, buscavam ouro e pedras preciosas, além de desbravar e iniciar o povoamento de áreas afastadas do litoral do Brasil.
Os bandeirantes acabaram descobrindo minas de ouro e de diamantes, iniciando assim oficialmente o ciclo econômico do ouro no Brasil. A vaidade humana, aflorada pelo ouro, estimulou a volta do cultivo da cana de açúcar, a chegada de garimpeiros e o desenvolvimento da pecuária e da agricultura. Dessa forma se formaram muitos aglomerados sociais.
Em torno de 1640, com a chegada dos negros africanos para trabalhar como escravos, os índios perderam sua utilidade comercial aos portugueses e deixaram de ser perseguidos. Os bandeirantes passaram a ter um único objetivo: a exploração de riquezas na mineração.
O sucesso do novo ciclo econômico com as minas, levou a coroa portuguesa a investir em exploração de riquezas no solo. Portugal buscava superar o declínio econômico pelo qual passava. O novo ciclo econômico forçou a transferência do Centro Comercial Brasileiro, da região Nordeste para as regiões Sul e Sudeste.
A confirmação do descobrimento de regiões auríferas em diferentes locais aconteceu por volta de 1695. O fato ocasionou a chegada de novos brasileiros e portugueses a essas regiões, o que causou sérios desentendimentos sociais. O maior deles, A Guerra dos Mascates. Foi um conflito interno que durou dois anos, onde brasileiros e estrangeiros lutavam pelo direito de exploração das novas jazidas de Minas Gerais e ao final, os habitantes locais saíram vitoriosos.
A partir de 1760 a produção do ouro declinou. O fato, levou a coroa portuguesa à criar regras rigorosas para controlar o ouro encontrado na colônia. Entre elas, um injusto imposto chamado o quinto. De acordo com ele, 20% do ouro extraído no Brasil, pertenceria por direito a Portugal.
O descontentamento geral no Brasil causado principalmente pelo imposto, apelidado pelos brasileiros como “quinto dos infernos”, acabou por gerar uma revolução importante chamada Inconfidência Mineira (1789).
O ciclo econômico do ouro no Brasil terminou no final do século XVIII, com o esgotamento das minas no país. O Brasil continuou com a simples condição de simples fornecedor de matéria prima para o mundo.
Séculos XVIII-XIX: A produção do algodão

Plantação de algodão (Foto: bobbycrim/Pixabay)
Após a Revolução Industrial (século XVIII), a economia e o trabalho sofreram transformações importantes no mundo inteiro. No sistema econômico agora existiam os produtores de matéria prima e o uso de tecnologia mais avançada, além do fim dos trabalho escravo e o início do pagamento pelo trabalho através do salário.
O Brasil também evoluiu economicamente. Na época mostrou para o mundo mais uma de suas riquezas naturais: o algodão. O ciclo econômico do algodão impulsionou a atividade econômica do Brasil colonial. Aconteceu, após o declínio das minas de ouro. Isso aconteceu entre o século XVIII e o começo do século XIX.
O algodão é uma espécie vegetal nativa, da família malvaceae. Na época do Brasil colônia, já era utilizado pelos indígenas. Foi um produto que estimulou a iniciação do processo industrial na colônia.
A cotonicultura ou cultivo do algodão pelos brasileiros foi uma influência inegável da Revolução Industrial. Foi um passo para o desenvolvimento da indústria têxtil nacional e fundamental para o abastecimento da indústria têxtil internacional.
Após a Independência dos EUA (1776), toda a produção brasileira de algodão passou a ser exportada e a plantação foi ampliada visando o comercio internacional. Na época os grandes latifúndios no Brasil produziam o algodão em larga escala, pois o preço estava em alta.
Depois da Independência do Brasil (1822), a produção do algodão continuava em bons patamares. O incentivo fiscal nacional estimulou a construção de fábricas têxteis. A infraestrutura logística e o armazenamento da produção foram fundamentais para o desenvolvimento dos Estados: Pará, Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.
Com o tempo, a produção e exportação do algodão no Brasil entrou em declínio, perdeu destaque nacional e internacional para o café. Apesar do declínio, a atividade continuou fazendo parte da economia do Brasil. Até hoje, garante o emprego de milhões de brasileiros.
Séculos XIX-XX: Café e borracha

Imagem do fruto do café (Foto: Pixabay)
O consumo do café na Europa e EUA aumentou consideravelmente a partir de 1837. Isso obrigou a importação do produto. A produção de café no Brasil, a partir do início do século XIX, passou a despertar o interesse do comércio exterior. O produto tornou-se então, o principal produto de exportação do Brasil-Império. Começou assim O Ciclo Econômico do Café no Brasil.
A cafeicultura chegou ao Brasil através dos portugueses, pelos portos do Rio de Janeiro e São Paulo. Se expandiu pelas províncias devido ao solo e clima favoráveis. Na época, já estava estabelecido na agricultura brasileira o sistema de plantation, aquele caracterizado por monocultura latifundiária e produção voltada para a exportação.
A principal região da cultura do café estava na rota de transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as zonas de mineração. Isso estimulou a cafeicultura, devido à facilidade de escoamento do café produzido.
À princípio, as técnicas de manejo da terra na cafeicultura eram simples e os resultados produzidos demoravam a aparecer. Além disso, a limpeza e a conservação do plantio eram rudimentares e a colheita dos grãos, sua preparação e o transporte aconteciam de forma lenta.
Com o tempo aconteceram o processo de industrialização e a modernização da economia do país, e o café garantiu a urbanização de cidades importantes com Rio de Janeiro e São Paulo. Sua produção e comercialização fez surgir uma estrutura social diferente. A classe média e os operários substituíram o trabalho escravo. As ferrovias facilitaram o escoamento dos produtos e permitiram a interligação territorial no Brasil-Império.
A cafeicultura foi o carro chefe da economia brasileira até a metade do século XX. O capital gerado por ela foi fundamental para o processo de industrialização do país e para o desenvolvimento do comércio e do sistema bancário. Apesar de uma fase áurea, o Brasil veio a sentir uma grande crise nessa área da sua economia.
A partir de 1929, a boa safra, ainda produzida, não estava sendo exportada a contento. Entre os fatores negativos, contribuíram para a crise a lentidão no processo de exportação do produto e a perda de grandes clientes importadores para outros países exportadores. A redução do preço internacional foi a consequência e o motivo fatal para a decretação do final do rentável ciclo do café do Brasil na época.
O ciclo econômico que se seguiu na História do Brasil foi o ciclo da borracha. A seringueira (Hevea brasilienses), árvore produtora do látex, componente utilizado na produção da borracha. Esse foi um marco histórico e social no Brasil a partir de 1879.

Extração do látex, matéria-prima da borracha, da árvore seringueira
A exploração da borracha no Brasil promoveu o desenvolvimento dos Estados do Pará, Amazonas e do Território de Rondônia. Esse ciclo econômico teve dois períodos distintos: de 1879 a 1912 e 1942 a 1945. O primeiro período teve como destaque a Revolução Industrial, que estimulou a busca pelo produto brasileiro, e o segundo foi influenciado pela 2º guerra mundial.
A grande busca comercial do látex no século XIX se deu principalmente, por sua utilização no processo de vulcanização de calçados, fabricação de botas e de pneus. Os trabalhadores envolvidos na extração do látex, no auge da importância do ciclo da borracha, vinham principalmente da região Nordeste do Brasil.
No início do século XX (1910-192) a produção da borracha sofreu um declínio considerável, causado pela concorrência comercial com a borracha produzida na Ásia. O resultado disso foi a redução do valor do produto no mercado e, socialmente falando, a paralisia econômica das cidades de Manaus, Porto Velho e Belém e a falência dos investidores.
A História mostra que a concorrência comercial da borracha aconteceu em razão da biopirataria de 70 mil sementes de Hevea brasilienses, seringueira. A atitude ilícita aconteceu em 1877.
O segundo período do ciclo econômico da borracha no Brasil durou apenas o tempo da 2º Guerra Mundial. O fato inicial do ciclo foi um acordo entre Brasil e EUA para extração de látex, na chamada "A Batalha da Borracha". Pelo acordo, o Brasil supriria a necessidade dos EUA para a guerra, já que a borracha da Ásia tornou-se inviável. O acordo foi bem rentável para o país.
Em 1943, para garantir a extração do látex e a produção da borracha, o governo brasileiro mobilizou trabalhadores nordestinos, oriundos de regiões de estiagem e de alta taxa de desemprego.
Depois da 2º Guerra, a borracha sintética industrial garantiu a preferência do mercado, por ser produzida mais rapidamente. O declínio econômico foi iminente e se arrastou até 1960.
Apesar do recuo na produção, a exploração da borracha continua no Norte do Brasil. Ainda faz parte da economia regional. Atualmente, São Paulo representa o país na produção da borracha natural.
Séculos XIX-XX: A Industrialização e o Agronegócio

Chaminés características de vários tipos de indústria (Foto: Pixabay)
Ainda em pleno ciclo econômico do café (Século XIX), o Brasil mantinha relações comerciais com o Centro Industrial do Mundo, A Grã-Bretanha, através dos seus produtos: café, açúcar, algodão, cacau, borracha e fumo.
A sequência do desenvolvimento econômico veio com o início da industrialização do país (1840). O governo incentivava a produção dos produtos e estimulava a importação de maquinário e com isso, o número de novas máquinas aumentava rapidamente, dando continuidade ao desenvolvimento econômico do país.
Ao longo do século XX a economia do Brasil cresceu e se transformou em pouco tempo. O país passou de uma frágil economia, que dependia de poucos produtos primários para uma sólida economia industrializada.
Muitos fatores tiveram influência sobre a economia entre o período colonial e o período espetacular de crescimento econômico do século XX (décadas de 60 e 80). O papel do Estado e dos agentes econômicos foram fundamentais na evolução da economia do Brasil. Deram um tratamento importante em relação a industrialização e o desenvolvimento do país.
Hoje a economia Internacional conta uma novidade econômica chamada agronegócio, uma rede de segmentos da cadeia produtiva agropecuária que reúne atividades relacionadas à produção, industrialização e comercialização. O Brasil hoje já se destaca entre os países exportadores do setor, ocupando o 27º lugar no mundo.

Plantação de soja, um dos principais produtos do agronegócio brasileiro (Foto: Pixabay)
Atualmente 8 entre os 10 itens de grande exportação do Brasil são fruto do agronegócio, como soja, café, milho, açúcar, carne bovina e de frango. Além disso, a exportação de petróleo e de minério de ferro tem contribuído para o crescimento e desenvolvimento econômico do país.
O Brasil do presente e do futuro
Em relação ao Brasil, podemos concluir que uma terra e uma gente conquistada no passado, soube sair da simplicidade para um status internacional. A ex-colônia agora é um grande país maduro e desenvolvido, buscando estabilidade política, econômica e social.
O Brasil já é uma Potência Econômica! Precisa apenas consolidar esse fato e assumir boas posturas políticas nacionais e internacionais. Nós, brasileiros, precisamos de um país igualitário. Falamos de Respeito ao Ser Humano e à Natureza e compromisso em relação à Saúde, à Educação e à Justiça para todos.
Vivemos em um "país em desenvolvimento", tudo Bem, mas chegaremos lá! Somos ricos em recursos naturais, em área territorial, em história de lutas e em calor humano. Somos um país étnico, que cresceu pela força e coragem de todas as raças. Devemos, como brasileiros, valorizar e acreditar no desenvolvimento do Brasil e no seu potencial. Somos um país de proporções continentais e somos responsáveis por ele.
Agradeço a todos que leram esse post e que acompanham os conteúdos aqui do blog. Em breve, traremos o post Ecoeficiência: como manter o desenvolvimento e reduzir o impacto ambiental? Vale a pena conferir!
Fontes:
Economia do Brasil. Brasil Escola
Ciclo do Pau-Brasil. Toda Matéria
Exploração do Pau-Brasil. Mundo Educação - UOL
Entradas e Bandeiras. Mundo Educação - UOL
Ciclo da Mineração do Brasil. Info Escola
A Mineração e o Ciclo do Ouro nas mudanças sociais na Colônia. Blog do Enem
Guerra dos Mascates. Wikipédia
Milagre Econômico Brasileiro. FGV CPDOC
Outros sites:
COUTO, Jorge. A gênese do Brasil. In: ,da. Carlos Guilherme (org.). Viagem: A experiência Brasileira. São Paulo, Editora Senac, 1999.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 20ª edição. São Paulo. Comp. Ed. Nacional, 1985
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